RESUMO: O artigo "José Luandino Vieira e a precipitação de um levante", de Pedro Beja Aguiar, analisa O Livro dos Guerrilheiros, de Luandino Vieira, como uma "máquina de pensamento" que subverte narrativas oficiais e reumaniza sujeitos subalternizados. Aguiar explora a radicalização da equivalência entre imaginação e testemunho na obra, destacando como o autor angolano, através da voz do narrador Diamantino Kinhoka, recupera a história da nação a partir das experiências singulares dos guerrilheiros. O texto enfatiza a crítica de Vieira à pretensão da verdade histórica dos documentos oficiais, valorizando a oralidade, a memória coletiva e a palavra poética como formas mais fidedignas de registrar a complexidade das vidas e lutas, em vez de uma verdade absoluta e ocidental.