Revolução escrita (2024)

Noémia de Sousa: poeta-griot

RESUMO: Analisa a obra poética de Noémia de Sousa, poeta-jornalista moçambicana exilada em Lisboa após ser presa por atividades revolucionárias, entre 1948 e 1951. Eduardo Prazeres dos Santos a caracteriza como "poeta-griot", defendendo a importância de sua poesia, que, embora pouco publicada em livro até 2001, é profundamente ética, ancestral e engajada socialmente, dando voz aos moçambicanos e outros povos oprimidos. A análise do poema "Porquê" destaca a transformação do lamento em grito de fúria consciente e esperança, enquanto "Poema da Infância Distante" ressalta a importância da fraternidade e da memória para a consolidação da revolta e a crença em um futuro de liberdade, configurando sua obra como uma verdadeira revolução.

Texto completo