Revolução escrita (2024)

Revolução Escrita: o aprendizado da liberdade

RESUMO: O texto  propõe uma compreensão da revolução não como um evento estático, mas como um processo contínuo de recomeço, desejo e imaginação, que atualiza ideias e sonhos do passado. A autora, inspirada por Walter Benjamin e George Didi-Huberman, argumenta que a literatura, especialmente a do Neorrealismo português, funciona como um "salto de tigre" dialético, antecipando e forjando uma sociedade mais justa. Através da análise de obras de Carlos de Oliveira, Manuel da Fonseca e José Cardoso Pires, Margato demonstra como a "revolução escrita" configura um espaço de experimentação da liberdade, onde o desejo coletivo por mudanças sociais e políticas se manifesta em "rascunhos" literários que preparam e dão corpo a sublevações e à ideia radical de liberdade, atuando como um caminho traçado por "lutas populares".

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