RESUMO:O texto explora a representação do passado traumático das ditaduras latino-americanas na ficção e no cinema contemporâneos, destacando como a busca pela verdade e a memória se tornam centrais em tempos democráticos. A análise aborda obras que, diferentemente das anteriores, evitam a heroificação e a descrição explícita da violência, focando na dor dos sobreviventes e na permanência espectral do passado no presente. Observa-se uma guinada subjetiva e investigativa, especialmente nas gerações mais jovens, que tentam recompor a história de seus pais, confrontando a memória oficial e o negacionismo, e buscando, por vezes, em elementos do mito e do sobrenatural, a justiça que o Estado não provê.